segunda-feira, 9 de julho de 2012

Imprensa: «As Histórias de Terror do Tio Montague»

«Histórias de terror / O medo que é para meninos

 

Daquelas que não têm bolinha vermelha e são adequadas para menores. Maria Espírito Santo conversou com o britânico Chris Priestley, autor de livros sombrios para pequenos leitores.


Antes que as coisas mais macabras e tenebrosas lhe passem pela cabeça, seguido de um "porque raio algum pai haveria de oferecer isto ao seu filho?", esclarecemos aqui o conceito de terror: algum suspense, descrições sombrias e pitadas de paranormal sim, comer o cérebro à moda de Hannibal Lecter, nem tanto. O britânico Chris Priestley já escreve para miúdos há uma década com a tonalidade escura que lhe é habitual, por isso sabe aquilo que faz. "As Histórias de Terror do Tio Montague" é o primeiro livro do autor a ser publicado em português. O início de uma trilogia de contos para tiritar. E não é de frio.
Edgar é uma criança e a personagem que nos conduz nesta história. É na caminhada até à casa sombria do tio Montague e durante os serões em casa dele que todo o terror acontece. Como se não bastasse viver numa mansão no meio da floresta, este tio tem todo o tipo de histórias para contar, enredos sinistros que ganham vida própria. "As Histórias de Terror do Navio Negro", que será publicado em Novembro, e "As Histórias de Terror da Entrada do Túnel" que sairá só para o ano, são os livros que seguem. Priestley passa a explicar: "Só é uma trilogia no sentido em que são três livros, com todo o tipo de histórias contadas por um narrador que também conta como as conhece. Todas seguem este formato mas não estão ligadas por personagens - apesar do tio Montague aparecer brevemente no segundo e terceiro livros."
Apesar de não ter tido nenhum tio sinistro de imaginação fértil, Priestley confessa que gostava de ouvir histórias tanto na escola como em família e outras que o pai contava sobre o tempo que serviu no exército. Os compêndios de pequenas histórias como o "House of Secrets" fora o primeiro passo na leitura de terror. Acabou a escrever o género de histórias que o entusiasmavam quando era mais novo: "Acho que és muito receptivo quando estás nos teus anos da adolescência. Tudo é novo e excitante. Na altura havia muitos programas de estilo sobrenatural na televisão britânica e gostava imenso". Alguns pesadelos pelo meio, nada de problemático garante o autor: "Considero-o um elogio. Adorava que os meus leitores entrassem nesse estado."
Apesar de Priestley ter sido sempre um contador de histórias, no seu sentido mais literal, começou como ilustrador antes de se aventurar na escrita. "The Times", "The Independent", "The Observer" ou "The Economist" foram algumas publicações com as quais colaborou. "Foi algo que me pagou as contas durante 20 anos", explica, adiantando um sonho de criança: "Escrever e ilustrar o meu próprio livro". Foi um colega do "The Economist" que encorajou Priestley a escrever um livro para crianças. Aí se dedicou por completo à escrita - apesar de continuar a desenhar, conta-nos. O negrume de que o autor se rodeia não o preocupa: "Não acho que seja muito misterioso. Mas sempre fui fascinado pelo gótico, o negro e o fantástico. Acho que as pessoas já nascem assim."
Um dia há-de aterrorizar também adultos, quando tiver uma ideia que "realmente resulte". Até lá, os pequenos são o principal alvo. Mas nem todos: "Não acho que devem ler - só se quiserem. Se gostares que te assustem então ler livros como os meus é divertido. Mas não são para toda a gente."»
Jornal i

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Imprensa: «10 Salgados Que nós sabemos fazer (quase) sozinhos»

«Quem sabe que a bolacha Maria foi inventada numa padaria de Inglaterra, há mais de 130 anos, para festejar o casamento de uma princesa russa com um príncipe inglês? Maria Alexandrovna era o nome, "Maria" ficou escrito na massa de cada uma das bolachas, depois multiplicadas por outros países. A história da alimentação é um mundo fascinante e faz parte de dois livros de receitas coligidas por Mónica Bello e ilustradas por Rita Bebiano: 10 Doces Que Nós Sabemos Fazer Quase Sozinhos e 10 Salgados Que Nós Sabemos Fazer Quase Sozinhos (Arteplural). Tudo muito bem explicado, dos ingredientes ao "como se faz", com espaço para colar fotografias e para comentários dos provadores.»
Revista LER


terça-feira, 19 de junho de 2012

Crítica de Leitor: «As Histórias de Terror do Tio Montague»

«O tio Montague é uma figura estranha que vive numa grande casa velha no meio dos bosques. Mas é também um fantástico contador de histórias, o que fez com que Edgar ganhasse o hábito de o visitar durante as férias de Verão. Mas esta visita vai ser diferente e as histórias assustadoras do tio Montague não serão somente perturbadoras para a jovem mente de Edgar. É que o tio fala delas como se fossem verdadeiras e, de história em história, Edgar começa a achar que há algo de errado com o tio Montague. E é possível que esteja certo...
Narradas de forma directa e sem grandes elaborações, mas com as medidas certas de tensão e envolvência, as histórias deste livro marcam tanto pelo seu enredo individual como pela forma como se conjugam para revelar um conjunto maior que a soma das partes. Cada um dos episódios contados pelo tio Montague - e cada uma das crianças que a protagonizam - são, por si só, a base de uma aventura envolvente, um pouco sinistra e com um final surpreendente. Mesmo nos elementos já mais familiares, como a clássica história dos três desejos, há algo de diferente a surgir e o resultado é sempre o mais inesperado. 
Mas é o conjunto de todas estas histórias e a forma como, aos poucos, a sua relação com o tio Montague vai sendo revelada - com a presença dos objectos, com a aura sombria da casa e, no final de tudo, com a grande revelação da história do próprio tio Montague - o que mais surpreende de toda esta leitura. O tom misterioso das conversas que surgem entre as histórias e todo o enigma construído em volta da personagem do tio Montague complementam o lado sombrio das histórias por este contadas, abrindo caminho para um final surpreendente e com um curioso toque de emoção.
A este muito interessante conjunto de histórias de terror e à forma como todas estas se unem numa figura central junta-se ainda um outro elemento que importa referir: as ilustrações. Relativamente discretas, mas perfeitamente adequadas a cada uma das histórias, reflectem na perfeição o lado sinistro e perturbador dos acontecimentos narrados em cada história, realçando a aura de mistério que é, talvez, o que primeiro chama a atenção durante a leitura.
De leitura viciante, com uma escrita envolvente e um conjunto de personagens misteriosas e interessantes, As Histórias de Terror do Tio Montague é, em suma, uma história com muitas histórias dentro. Histórias cativantes, surpreendentes e com algo de perturbador, num livro que será uma pequena delícia para leitores de todas as idades.»
 
 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Brevemente

As Histórias de Terror do Tio Montague
Chris Priestley

Edgar não resiste às cativantes histórias de terror que o seu tio Montague lhe conta quando o vai visitar, do outro lado do bosque. Mas qual será a ligação do seu tio a estas histórias sinistras?
Prepara-te para morreres de medo quando descobrires que o tio Montague é, afinal, o protagonista da história mais terrífica de todas.
Um livro assustador… Terás coragem para o ler?

“Um livro extraordinário.”
Financial Times

“Verdadeiramente assustador.”
The Observer

“Misterioso, cheio de acordes obscuros.”
Big Issue

“Hipnotizante… Um livro para quem gosta de ser assustado.”
The Guardian

“Continuei com o coração apertado horas depois de ter acabado o livro.”
Sunday Telegraph

http://www.talesofterror.co.uk/

terça-feira, 6 de março de 2012

Crítica de Leitor: «Big Nate em Grande»

«À semelhança dos outros livros do Nate, este foi literalmente devorado pelo habitante mais pequeno cá de casa! Se bem que ele com 12 anos já leia livros mais "pesados", é com todo o gosto que o vejo pegar nestes e lê-los com muito prazer.
Fazem-me lembrar um pouquinho os livros de banda desenhada que povoaram a minha infância: desenhos e palavras misturam-se para traduzirem uma história divertida.
Recomendado para quem se quer iniciar em leituras mais "sérias", mas que ainda não consegue fazê-lo, e também para quem, já o conseguindo fazer - como o filhote -, pretende passar uma tarde bem passada!»
Segredo dos Livros