quarta-feira, 27 de junho de 2012

Imprensa: «10 Salgados Que nós sabemos fazer (quase) sozinhos»

«Quem sabe que a bolacha Maria foi inventada numa padaria de Inglaterra, há mais de 130 anos, para festejar o casamento de uma princesa russa com um príncipe inglês? Maria Alexandrovna era o nome, "Maria" ficou escrito na massa de cada uma das bolachas, depois multiplicadas por outros países. A história da alimentação é um mundo fascinante e faz parte de dois livros de receitas coligidas por Mónica Bello e ilustradas por Rita Bebiano: 10 Doces Que Nós Sabemos Fazer Quase Sozinhos e 10 Salgados Que Nós Sabemos Fazer Quase Sozinhos (Arteplural). Tudo muito bem explicado, dos ingredientes ao "como se faz", com espaço para colar fotografias e para comentários dos provadores.»
Revista LER


terça-feira, 19 de junho de 2012

Crítica de Leitor: «As Histórias de Terror do Tio Montague»

«O tio Montague é uma figura estranha que vive numa grande casa velha no meio dos bosques. Mas é também um fantástico contador de histórias, o que fez com que Edgar ganhasse o hábito de o visitar durante as férias de Verão. Mas esta visita vai ser diferente e as histórias assustadoras do tio Montague não serão somente perturbadoras para a jovem mente de Edgar. É que o tio fala delas como se fossem verdadeiras e, de história em história, Edgar começa a achar que há algo de errado com o tio Montague. E é possível que esteja certo...
Narradas de forma directa e sem grandes elaborações, mas com as medidas certas de tensão e envolvência, as histórias deste livro marcam tanto pelo seu enredo individual como pela forma como se conjugam para revelar um conjunto maior que a soma das partes. Cada um dos episódios contados pelo tio Montague - e cada uma das crianças que a protagonizam - são, por si só, a base de uma aventura envolvente, um pouco sinistra e com um final surpreendente. Mesmo nos elementos já mais familiares, como a clássica história dos três desejos, há algo de diferente a surgir e o resultado é sempre o mais inesperado. 
Mas é o conjunto de todas estas histórias e a forma como, aos poucos, a sua relação com o tio Montague vai sendo revelada - com a presença dos objectos, com a aura sombria da casa e, no final de tudo, com a grande revelação da história do próprio tio Montague - o que mais surpreende de toda esta leitura. O tom misterioso das conversas que surgem entre as histórias e todo o enigma construído em volta da personagem do tio Montague complementam o lado sombrio das histórias por este contadas, abrindo caminho para um final surpreendente e com um curioso toque de emoção.
A este muito interessante conjunto de histórias de terror e à forma como todas estas se unem numa figura central junta-se ainda um outro elemento que importa referir: as ilustrações. Relativamente discretas, mas perfeitamente adequadas a cada uma das histórias, reflectem na perfeição o lado sinistro e perturbador dos acontecimentos narrados em cada história, realçando a aura de mistério que é, talvez, o que primeiro chama a atenção durante a leitura.
De leitura viciante, com uma escrita envolvente e um conjunto de personagens misteriosas e interessantes, As Histórias de Terror do Tio Montague é, em suma, uma história com muitas histórias dentro. Histórias cativantes, surpreendentes e com algo de perturbador, num livro que será uma pequena delícia para leitores de todas as idades.»